Escreveu o nome dela dez vezes no papel de cor fúnebre e desbotado.
Caprichou nas frases que deixasse claro que seu nome era indiscutível.
Manchou...
Ao lado da mesa que já estava velha por conta das traças e marcas do tempo,
havia uma garrafa de cor transparente com um líquido que inalava pela casa um cheiro agradável ao olfato.
Abriu de forma brusca e banhou o papel.
O seu nome parecia desmanchar de forma gradual, tornado-se uniforme até sumir...
Uma sensação que estava enterrando, mesmo que metaforicamente, a amada. O seu nome e suas formas.
Pensava...
Como é bom morrer no mar profano de sua carne, dos seus lábios gosto de uva e de sua pele cheirando acácias, do seu corpo... Não, aliás de seu corpo a reparação de quem não quer mais ser iludido pelas suas manhas em meu colo.
Com o pouco de vinho que restava na garrafa brindou o seu olhar, que era alucinógeno e devorador ao ponto de escrever o nome dela outra vez. Agora, em um lençol vermelho.