sábado, 8 de agosto de 2009
" "
Alguém, bendita seja essa mulher!
Bendito seja o beijo dessa boca!"
[Florbela Espanca]
sábado, 1 de agosto de 2009
(Des)conforto!
Fosses mais um vulto suspirado de prazer.
O modo notável como finalizou as nostalgias pelos domingos dormidos,
eram excitantes, mas involuntariamente pouco.
Limitados pelo excesso de vontade de ser aos poucos bebidos, consumidos e sentidos a cada olhar.
Olhar que registra,
revive,
revela o segundo modificado.
Foi...
E também as certezas de novamente vê-lo!
Senti-lo pelas formosas formas de expressividades,
rever sua cavidade nua,
ex-posta,
mas nunca [pós]posta
pelos momentos antecedentes a mim mesma.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Restos
Então que fique entre nós o doce sabor das despedidas:
-Pensou
Mesmo ao beijar sua nuca
e ver o seu olhar fugindo de mim,
isso será a nossa fotografia, desbotada, na minha janela.
Tentar captar a velocidade da luz é o mesmo que captar o seu sorriso.
Fugaz, depressivamente indecifrável.
Lembro das curvas dos seus cabelos, isso eu lembro!
Era dourado todo outono.
Também do modo como lavava os meus, eu tonto, admirando as curvas dos seus seios.
Eram lindos quando se cobria de espuma.
E você lá, brincando de assoprar bolinhas de sabão.
Isso não era amor!
Gostava do modo como sorria durante e depois do sexo,e depois saí,sumia.
Se auto-definia.
Quando fumava um baseado me atraia para sacanagem,era gostoso!
E ELE ROTINAMENTE REPETIA...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Derivados
são [frases] feitas
na cama feita.
Barba que enfeita um semblante
feito fitas que se laçam.
Fricção de tormento
que esfria as emoções
frente as prosas mal afinada.
As frações de desejos
estão por um fio,
assim como a esfinge que os invade.
Frenesí F-O-R-Ç-A-D-O
Forjado.
Para[frase]ado
pelo freio do coração.
Ferozmente beijei
Lembro que quando te beijei você sussurrou que os meus beijos tinham sabor de fome. Mas o que não sabes é que desta vez não suguei os seus mais cruéis e ácidos segredos.
O modo como brinquei com sua boca, firme e expansiva, nutria pela última vez, ou não, minhas mandíbulas com toque de agressividade. Os contornos de sua boca era pimenta para meu paladar, um tanto que linear e demasiadamente excessiva. Quando há pimenta nos lábios resta apenas o assopro, ardor e vontade de adocicar os sentidos. Mas talvez não queira!
O meu "instinto" fez-me querer rasgar os seus lábios, ”roupa” e não perder-me na psicodélica anarquista dos seus diálogos. Eles são prosas para meu ouvido e mel para os meus lábios.
Ontem reli que quando há mel para os lábios resta apena uma taça solitária(banhada de vinho) para duas bocas, e uma memória deliciosamente degustada pela emoção.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Alguns Se
Que quando dito num tom alto me aguçava, matava.
Sugava suspiros desejáveis. Era variado e um tanto que formoso.
Porquê seu nome era tentador, fechado, viciante.
Hoje eu sei que minha sede teima em beber dessa acidez.
Pois seu nome ainda quer permanecer umedecido pela minha língua.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Voam numa intensidade profunda. Vestem-se com um véu.
As gotas que jorram da sua cara pálida;
O morte!
Que bela és.
As lágrimas são superfícies tingidas, fingidas. Escorrem numa linda dança fria. Desmancha a sua natureza hipócrita, inóspita.
Porque as lágrimas são palavras escondidas, forçadas, forjadas.
Reais!
Que ignora seu corpo, seu todo, pele, seu nu.
As lágrimas quando não sabem negar, só lhe resta a condição de suor. Partículas desmanchadas em contato com o calor e a gravidade que leva os corpos ao chão por uma única força: O desejo!
segunda-feira, 9 de março de 2009
Corsário
Dessa vez não joguei palavras engarrafadas no mar, nem me banhei de embriaguez.
Mas meus desejos continuam transgredindo numa proporção que não cabem mais em mim.
Quero que as ondas nos alimentem, nos banhem, nos gaste, nos mate, pois ainda é “doce morrer no mar”, em você, sem você, no seu olhar, no seu calor, na sua pele. Na sua ausência...
Dessa vez não brindei com o vento o seu sorriso tão intenso, imenso, tão fiel a você. Não joguei palavras no ar e nem cartas no mar... Esse sentimento corsário que ainda permanece!
terça-feira, 3 de março de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Não gastar... porque a sensação que eu tenho e de que o meu limite para as coisas mortais me promove uma alteridade falsa.
Posso guardar na minha garganta o desejo de provocar e medir minhas palavras.
Mas para meus absurdos, procurarei vasos formosos e listrados.
Dentro de mim anjos e demônios se deitam em noites de calor. Faz-me flutuar.
Os demônios que me tentam é o dos mais libidinosos e sem faces. Habitados dentro de nossas manhas e manias. Desejando caminhar pelos nossos semblantes e sorrisos safados, vadios, sádicos e viciosos.
Dentro de mim o que rege não é pulsares vitalício, mas poços de estímulos.
Rios de vinhos. Oceanos de sensações.
E dos meus absurdos me resta saber, enfim, o que o outro poderá ganhar de mim se não somente a intrigante sentença de que de mim não poderás ter. Porque são formas monossilábicas, ocas, unidirecional, não formais.
e o café que fizestes não amargas mais.
Mas, ainda doce, minha boca pede você.
O vinho que manchastes a poltrona não saiu do meu corpo;
e nesse exato momento queria ter a limitação do assopro.
Do arrepio,
e do ardor.
Do momento certo.
Poderia, pelo menos, deixar de você aquele semblante.
O sorriso.
Talvez as peças intimas.
E voar...
Para que no espaço certo voltasse,
e roubasse de mim o eterno desejo.