sábado, 31 de maio de 2008
The Secret Temple pt 3
Ela deixava um cheiro.
Ele não sabia de quê. Não era de jambo.
Talvez cheirasse a outono, ao quarto fechado. A pele interrada na pele.
Seu rosto era fino, era liso, é.
A sua boca não queria apenas o masco do cigarro.
A sua boca pedira o beijo,
O seco,
O louco.
Ela era do tipo de mulher que vivia do pecado, fazia pelo pecado, mataria só para sentir que estava pecando.
Ele também!!!
quinta-feira, 29 de maio de 2008

Hoje lembro dele quando me vejo em seus textos.
-A pestinha
Essa explosão de estar, sendo, enquanto uns chamam de louco, ele chama de piralhisse. Penso que esse neologismo não pode ser julgado no imperativo. Parece que é livre, por isso singular.
Essas explosões de estar, sendo, só os homens mágicos podem achar o verdadeiro encanto, ainda que torto e escondido.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
The Secret Temple pt 2
Do batom vermelho, o sangue, o vinho, a libido.
Da boca entre aberta, a sua.
Do chapéu que cobria o cabelo, o instrumento.
Sabia que era pecaminoso deseja-la.
Só que o seu passado permitia.
No Dylan Hotel, na Irlanda, passou a maior noite de sua vida.
A puta da esquina Haddington Rd o saciou,
transfigurou a batina.
Os pecados eram desejados.
Os toques, a língua,
roupas no chão.
Padre Sentys Simmer gritava de dor.
Dor de liberdade.
O seu pé deslizava sobre o de Julialle Dhoplac,
Uma viciada em heroína de 23 anos, pertencente a uma família nobre.
The Secret Temple pt 1

Seguia os passos lentos...
O som do salto na igreja, aguçava-o.
Coberta por um vestido de cetim na cor néon, o seu corpo era desenhado.
Ao se aproximar do confessionário deixava a sombra dos seus traços finos,
realçado por um batom vermelho.
O padre Sentys Simmer, mesmo com toda a sua abadia, alterava-se ao fixar o seu olhar na boca carnuda da jovem, nos seus seios firmes e pequenos.
Ele sem conseguir desviar-se do pecado,
desejava chupá-la.
O sopro
Na lua,
Na sua,
Na minha, meu, seu, no todo.
No nada.
Se a porta não tem feche, como trancarei o vôo que deu?
O sopro que me engasgou?
O torto.
Andas inquieto...
O café fala...
Arde,esquenta,escurece.
Solta do abismo que puxa para agir,
Não reza o terço,
Credo não crê,
Crê enfim,
Que um dia poderá fingir.
E assim calar a verdadeira dor.